Neste artigo, vamos entender como o lifelong learning – educação continuada ou aprendizagem ao longo da vida, e os avanços tecnológicos, têm sido fundamentais para tornar esse conceito mais acessível.
A “Geração Y”, também chamada de Millennials, já representa metade da população ocupada no Brasil. Isso é o equivalente a 47 milhões de pessoas. Os dados são do mais recente levantamento sobre mercado de trabalho do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esse grupo de trabalhadores, com idades que vão de 19 a 39 anos, presenciou a maior das revoluções da história: a massificação do uso da internet.
É um grupo significativo da população, que se desenvolveu junto com a tecnologia. Por isso, entendeu que os avanços por ela proporcionados permitem uma maior interação, participação e acesso a conhecimentos.
“Os Millennials mudaram padrões e renovaram as relações de trabalho, educação, consumo e comportamento”
Essas pessoas cresceram com os recursos tecnológicos à disposição. Foram iniciadas no desktop, migraram para o mobile e estão sempre conectadas.
Por isso, estão acostumadas com um grande fluxo de informações. Dessa forma, consomem com facilidade e rapidez e também gostam de aprender informalmente.
Com isso, a ideia de aprender somente durante certo período da vida, para depois se dedicar a uma carreira, ficou obsoleta. Deu lugar ao lifelong learning, conceito que no Brasil tem o nome de educação continuada ou aprendizagem ao longo da vida.
Em razão do crescimento do número de pessoas da “Geração Y” no mercado de trabalho, a educação continuada é um tema cada vez mais em foco, apesar de não ser novo.
Já na década de 1990, a ideia de aprendizagem constante era tratada como uma necessidade por profissionais que desejavam se manter atualizados – os lifelong learner, ou eternos aprendizes.
A grande diferença é que, antes, essa ideia estava centrada em uma aprendizagem formal, que dependia de uma figura que ensinasse algo. Aos poucos, a educação continuada passou a ser centralizada também em quem aprende, uma necessidade dos Millennials.
O espanhol Juan Ignacio Pozo, especialista em Psicologia da Aprendizagem, costuma observar em sua produção científica que “nunca houve tantas pessoas aprendendo tantas coisas ao mesmo tempo como em nossa sociedade atual”. Essa aprendizagem se tornou não apenas uma exigência social crescente, mas também uma “via indispensável para o desenvolvimento pessoal, cultural e mesmo econômico dos cidadãos”.
Nesse contexto, cada pessoa assume a responsabilidade por seu próprio desenvolvimento. Fazendo isso de acordo com aonde quer chegar ao unir perspectivas pessoais e profissionais.
Educação continuada: escolher o que aprender, quando e como
Os avanços tecnológicos têm sido fundamentais para tornar a educação continuada mais acessível. Esse movimento tem resultado em soluções de metodologia e acesso fácil. Isso permite ao colaborador escolher o que ele quer aprender, quando e como.
Graças à popularização dos dispositivos mobile, o ensino, antes restrito ao ambiente formal da sala de aula, ganha novas possibilidades e espaços por meio da educação digital, fomentando o conceito de educação continuada.
Além disso, a interação propiciada pela internet permite uma modalidade de ensino a distância mais dinâmica. Modalidade essa que investe em novas formas de aquisição de conhecimento.
Elas ultrapassam a relação professor e aluno e se estabelecem também na troca de experiências e aprendizado colaborativo, princípios fundamentais para a educação continuada.
Para proporcionar uma boa jornada de aprendizagem, as empresas precisam fornecer mais ferramentas que ajudem os colaboradores a gerenciarem a carreira.
O principal ganho é o empoderamento do colaborador, que faz escolhas a partir de sua projeção de carreira e não simplesmente de um plano de carreira traçado pela organização.
Esse protagonismo e a liberdade de poder desenhar a própria carreira, em sintonia com a estratégia da empresa, estimulam à aprendizagem e à atualização contínua — duas condições fundamentais para as empresas aumentarem a competitividade no mercado.
(Reprodução do artigo produzido por Luiz Alberto Ferla, fundador e CEO do DOT digital group, para assessoria de imprensa Dialetto).